Amigas da arte,em especial professoras,
leiam essa matéria que saiu no jornal O Povo
aqui de Fortaleza e me digam o que acham a respeito.
Eis artigo do jornalista Luiz Henrique Campos, do O POVO, abordando
algo que aqui foi exposto: a propaganda de colégio dizendo que o tablet vai
substituir o livro. Para ele, daqui a pouco vão propagar que educação não
precisará também de professor. Confira:
Confesso que relutei em abordar neste espaço o tema relativo à adoção de
tablets em “substituição ao livro”, como tem sido propagandeado em outdoors pela
cidade. Não resisti, porém, ao ser provocado nesta semana por minha filha de
nove anos, que quer, porque quer, estudar naquela instituição de ensino.
E olhe que os argumentos dela são convincentes: comodidade por não gerar
peso na mochila, inserção à modernidade e até mesmo um certo charme, por não
precisar mais riscar tanto os livros escolares. Justo ela que adora as feiras
literárias da escola em que estuda e vibra a cada Bienal do Livro em
Fortaleza.
Em vista desses argumentos, apesar de não ser profissional da Educação, mas
educador na condição de pai, me sinto no direito de tecer modestos
comentários.
Primeiro, é bom que fique claro, não poderia jamais ser contra a adoção
desses instrumentos como ferramenta de aprendizado. O tempo é implacável, como
diz um amigo meu, e o futuro virá, queiramos, ou não.
O que me intriga nessa situação toda é o aproveitamento da situação como
diferencial de mercado.Para mim, isso vindo de quem deveria prezar pela formação
de crianças e adolescentes é preocupante.
Nada contra, portanto, ao avanço tecnológico. A partir do momento, todavia,
que isso passa a ser usado de forma agressiva em ternos de propaganda para fins
mercadológicos, como está sendo feito, tenho minhas restrições. Sou daqueles que
aprenderam a gostar de ler porque via em casa os adultos lendo.
Com minha filha foi assim. Mas como será com meu filho de três anos, que
agora também já quer usar o tablet em substituição ao livro como alardeado pela
propaganda?
Receio que, em breve, venham a propagar que não se precise mais de
professores, pois a tecnologia também será capaz de substituí-los. Por falar
nisso, será que nesses colégios os alunos ainda sabem o nome dos
professores?
* Luiz Henrique Campos
lhcampos@opovo.com.br
Editor adjunto do Núcleo de Conjuntura do O POVO.
Fonte:opovo.com.br
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CAFÉ HISTÓRIA
1 comentários:
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